Laryssa Borges
Brasília
O Ministério da Educação (MEC) informou nesta sexta-feira que na próxima semana reitores de todo o país irão a Brasília discutir uma eventual mudança no calendário dos vestibulares por conta do vazamento de questões do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). A reunião dos representantes das instituições de ensino superior ainda não tem data agendada, mas deve ocorrer entre segunda e terça-feiras. Neste fim de semana novas reuniões técnicas serão feitas na capital federal para tentar detectar em que momento houve a falha que permitiu o acesso ilegal a questões da prova.
Brasília
O Ministério da Educação (MEC) informou nesta sexta-feira que na próxima semana reitores de todo o país irão a Brasília discutir uma eventual mudança no calendário dos vestibulares por conta do vazamento de questões do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). A reunião dos representantes das instituições de ensino superior ainda não tem data agendada, mas deve ocorrer entre segunda e terça-feiras. Neste fim de semana novas reuniões técnicas serão feitas na capital federal para tentar detectar em que momento houve a falha que permitiu o acesso ilegal a questões da prova.
"Não sabemos, nem o Inep nem MEC sabe onde foi violada a prova. Olhamos as principais cadeias e elementos desse processo, como é possível melhorar por parte do consórcio para esse exame e para os outros exames", disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes.
Até o momento, o MEC não definiu a nova data de aplicação das provas do Enem, mas como diversas universidades utilizam o exame como parte da nota do processo de seleção do aluno e até como substituto do vestibular, é possível que vestibulares tenham de ter suas datas alteradas.
Por ora, não está sendo discutida uma possível revogação do contrato entre o governo e o Connasel, consórcio formado por Consultec, Funrio e Cetro e responsável pelas provas do Enem. "Estamos discutindo os procedimentos de logística da concepção da prova e todos os processos até chegar ao local de aplicação (das provas). O consórcio apresentou o plano de logística, as medidas tomadas e todos os pontos que poderiam ser melhorados. Não discutimos processos contratuais", disse Fernandes.
Pelo fato de o processo estar sob investigação da Polícia Federal, o presidente do Inep evitou adiantar que mudanças de logística poderiam ser tomadas como forma de garantir maior segurança à futura prova do Enem. "Seria ruim para o processo e para a segurança apresentar processo picado. Vai dar mais ruído na sociedade e é pior para a prova e pior para o exame", declarou, minimizando ainda o fato de o consórcio Connasel, responsável pelo Enem, já ter tido problemas anteriores com vazamento de questões de prova.
"Quase todas as empresas em algum momento do passado tiveram vazamento", disse.
O exame de Ensino Médio, que seria realizado neste sábado e domingo, foi cancelado após suspeitas de vazamento de questões. Ao todo, 4,1 milhões de estudantes se inscreveram para o Enem deste ano em 1.829 municípios.
As suspeitas de fraude no exame ocorreram após um homem ter telefonado para o jornal O Estado de S. Paulo informando que tinha em mãos duas das provas que seriam aplicadas no sábado pelo Ministério da Educação. Nas provas do exame de ensino médio havia questões com o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, uma tirinha da personagem argentina Mafalda e um exercício sobre índices de desmatamento na Amazônia.
Redação Terra.
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